terça-feira, 26 de outubro de 2010

4. A monarquia dos asmoneus


Os Asmoneus foram uma família judia que governou o país dos judeus, descendentes de Hashmon. São mais conhecidos como Macabeus. O nome de Asmoneus aplicaram-no os romanos à família de Herodes, o grande, porque vai emparentar com eles pela sua mulher Mariamne, mas se preferível, denominada Herodias.
João Hírcano empreendeu campanhas militares nas regiões vizinhas à Judeia, porém, não as realizou com o exército popular, mas com o de mercenários. No ano 128 a.C. foi destruído o templo do monte Gerizim. A Iduméia sofreu um ataque pelo qual seus habitantes se converteram ao judaísmo e seu país foi submetido ao domínio judeu. Uma campanha contra a cidade de Samaria também terminou com sucesso. A cidade helenizada foi conquistada em 107 a.C. e destruída. Hírcano, mesmo assim não encontrava aceitação junto ao povo e aos piedosos. (LHOSE, 2004, p.25)
Dos grupos de judeus fiéis à Lei nasce a comunidade dos fariseus. Originalmente simpatizantes dos asmoneus, mais tarde, distanciando-se. Hírcano não procurou o apoio dos fariseus, mas dos saduceus, mais abertos ao helenismo. Após sua morte, seu filho Aristóbulo usurpou a regência e colocou a mãe e os irmãos na prisão, se comportando como os reis de pequenos Estados. Foi o primeiro governante a atribuir-se o título de rei. Continuou as campanhas militares e obteve sucesso na Galiléia; a população das regiões conquistadas foi obrigada a circuncidar-se. A religião objetivava a submissão do povo ao rei.
Após sua morte, sua esposa libertou sua família da prisão, casou-se com Jônatas, que assumiu nome grego Janeu e o trono. Este realizou muitas guerras, a maioria delas com êxito. Conquistou a região da costa do Mediterrâneo, se impôs no conflito do crescente reino dos nabateus, reunificou um território como o tamanho de Israel e Judá no tempo de Salomão. Mas seu reino não estava bem construído, pois o domínio dos asmoneus não era apoiado por consenso do povo. Os habitantes das regiões conquistadas se revoltavam constantemente. Os fariseus e seus partidários eram oprimidos. A tensão aumentou a ponto de Janeu ter levado 800 participantes de uma rebelião para Jerusalém, onde os crucificou. Pena essa que nunca tinha sido praticada em Israel, o que provocou medo no povo e contínua rejeição popular, segundo Lhose (p.26).
Com sua morte, sua esposa, Salomé Alexandra, assumiu o governo e por nove anos dirigiu com cautela e sabedoria o povo, procurando a pacificação interna do país. Ela fez acordo com os fariseus; Escribas da comunidade farisaica tornaram-se membros do Sinédrio; Hírcano II foi nomeado sumo sacerdote. Os saduceus se viam prejudicados e se juntaram a Aristóbulo II, que estava insatisfeito com o governo de sua mãe.
Morre Salomé. Hírcano II e Aristóbulo passam a disputar o trono, disputa vencida por Aristóbulo (substituto ilegítimo). Antípatro se põe ao lado de Hírcano II e consegue o apoio do rei nabateu Aretas, os quais marcham contra Jerusalém. No entanto, o poder de Roma se interpôs e a partir daí determinou o destino da Palestina e do Oriente Próximo. Dissolveu-se o reino dos selêucidas, incorporando-se ao Império Romano como província “Síria”, o que resultou no fim da monarquia dos asmoneus. (LHOSE, 2004, p.28-29)

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